segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Educação especial é prioridade



Os professores estão aprendendo a lidar com crianças com deficiência, aprendendo a linguagem dos sinais.

Para aderir à nova interpretação do sistema de educação especial, que possibilita aos alunos com deficiência cursarem o ensino regular, seis escolas municipais de Pacatuba ampliam as suas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Esses locais servem como pontos de apoio para crianças com algum tipo de deficiência e contam com livros em braille, brinquedos, utensílios escolares e domésticos adaptados e um profissional capacitado para orientar os professores.

Para fortalecer a iniciativa, a Secretaria de Educação do Estado de Ceará (Seduc) promove a Caravana da Inclusão, na qual profissionais da área, como psicopedagogos, visitam as escolas para orientar os professores. A supervisora da caravana, Marta Stela, explica que o objetivo do programa é "elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas".

Profissionais de diversas áreas compõem a equipe que visita as escolas com salas de AEE para que, desta forma, seja realizado um trabalho realmente eficiente. "São professores com especialização e formação em atendimento educacional ou com curso de formação continuada em educação especial inclusiva, bem como especialização em braille, LIBRAS, tecnologia assistiva, superdotação e altas habilidades", aponta Marta.

A Escola de Ensino Fundamental Professora Maria Mirtes Holanda do Vale foi a primeira a abrir as portas para a Caravana da Inclusão, em Pacatuba. Para a diretora, Doris Sampaio, a iniciativa é positiva e mostrou para os professores a importância da inclusão de alunos com deficiência em todas as atividades dentro e fora da sala de aula. "Com os materiais adaptados pelos próprios professores, esses aluno vão descobrir as habilidades que eles têm e não vão mais se sentir excluídos", explica ela.

Ainda segundo Doris, a escola possui 35 alunos com deficiência e aprendeu bastante com a Caravana da Inclusão. "Ficamos maravilhadas com o que uma sala de AEE pode oferecer. Aprendemos como fazer para adaptar um lápis e uma tesoura para que aqueles que possuem deficiência tátil também consigam utilizá-la", relata. "Eles nos ensinaram a agir diante de situações extremas e o que fazer se o aluno tiver convulsões ou até mesmo não quiser participar de alguma atividade", completa.

Pacatuba, por meio da Secretaria Municipal da Educação, tendo à frente Ana Kelly Cavalcante, está em processo de implantação das salas de recursos multifuncionais nas escolas da rede, oferecendo o Atendimento Educacional Especializado. "A caravana agora vai visitar outras escolas", diz Doris.

Outra perspectiva trabalhada pela Secretaria é a da adesão dos pais, que precisam estar preparados para lidar com um filho que precise da educação especial. "Há mães que não deixam o filho ir à escola por medo dele sofrer preconceito. Elas precisam saber que a inclusão é necessária e que a nossa sociedade está mudando", comenta Ana Kelly Cavalcante.

FONTE: Diário do Nordeste - Pacatuba - CE

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