sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

SÍNDROME DE TOURETTE


Para muitas pessoas, esta é uma doença rara em que uma pessoa apresenta tiques nervosos constantes e tem surtos vocais repletos de obscenidades. Estes não são necessariamente nossa culpa.

A síndrome de Tourette não é tão rara quanto se pensa. Estima-se que uma pessoa em cada grupo de 100 sofra de uma forma moderada da síndrome e que cerca de 200 mil americanos tenham a forma mais grave. Segundo, os portadores da síndrome de Tourette não apresentam tiques nervosos constantemente. De facto, os espasmos, conhecidos como tiques motores, geralmente ocorrem em ataques intermitentes. Alguns pacientes têm esses espasmos diariamente, outros, com menos frequência. Os tiques podem incluir acções como piscar os olhos, ter espasmos motores e fazer caretas.

Provavelmente o maior mal-entendido sobre a síndrome de Tourette é o que afirma que os portadores dessa condição frequentemente dizem obscenidades em voz alta, um sintoma conhecido como coprolalia. Na realidade, esse sintoma ocorre em menos de 15% dos portadores de Tourette. A síndrome de Tourette pode ser definida como uma desordem espasmódica na qual o paciente sofre de vários tiques motores e de pelo menos um tique vocal. Ambos os tiques se iniciam na infância ou na adolescência.

Origens da síndrome de Tourette
A história da síndrome de Tourette data do início do século XIX. A sua denominação vem de Gilles de la Tourette, médico francês. Na verdade, outro médico francês, Jean Marc Gaspard Itard, registou o primeiro caso da síndrome em 1825. Ele descreveu os sintomas da marquesa de Dampierre, uma nobre de 80 anos, que sofria de movimentos e vocalizações repetitivas desde os 7 anos. Em 1885, Gilles de la Tourette publicou "Estudo de uma enfermidade nervosa", no qual relatou o caso de nove pacientes de um hospital francês que se afligiam com movimentos involuntários. Assim, a "doença do tique" se tornou conhecida como a síndrome de Gilles de la Tourette.

Até o século 20, não houve nenhum progresso real quanto à definição e ao tratamento da síndrome de Tourette. Hoje, sabemos que essa síndrome tem origem genética e geralmente apresenta seus primeiros sinais entre os 6 e os 7 anos e sempre antes dos 18. Os tiques geralmente são mais graves ao redor dos 8 aos 12 anos e diminuem acentuadamente depois disso. A síndrome é uma herança dominante e tem cerca de 50% de chance de ser passada de pais para filhos. Também sabemos que os garotos tendem a ter a síndrome de Tourette três a quatro vezes mais freqüentemente que as garotas. As pessoas que têm o gene não necessariamente sofrem de uma forma perceptível da síndrome de Tourette. Elas podem sofrer de uma forma amena da doença, que acaba passando despercebida, ou podem vir a não desenvolver quaisquer sintomas.

Terminologia da Síndrome de Tourette
Tique: contração muscular súbida, espasmódica e involuntária

Tique motor: tiques que envolvem movimentos

Tique vocal: tiques que envolvem expressões vocais

Tique simples: tique que envolve um pequeno número de grupos musculares. Um exemplo comum é o piscar de olhos. Sons guturais também são considerados como tiques vocais simples.

Tique complexo: tique que envolve padrões distintos e coordenados de grupos musculares diferentes. Um exemplo comum é o piscar de olhos, juntamente com o encolhimento de ombros e as caretas. Um tique vocal completo envolve a expressão espontânea de palavras e frases.



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

SÍNDROME DE PICA


A pica ou Alotriofagia é uma condição rara entre seres humanos de apetite por coisas ou substâncias não alimentares (solo/terra, moedas, carvão, giz, tecido, etc.) ou uma vontade anormal de ingerir produtos considerados ingredientes de alimentos, como diferentes tipos de farinha, de tuberculosas cruas (como batatas).

Para que tais hábitos sejam considerados Pica, essa condição precisa de persistir pelo menos por um mês ou durante um período de vida, quando não se considera normal, dentro do quadro de desenvolvimento humano, utilizar a boca para explorar e ingerir coisas como barro, excremento, brinquedos, solo, botões, pedrinhas, etc., como o fazem frequentemente crianças menores.

O nome pica vem do latim e significa pega, um pássaro do hemisfério norte conhecido por comer quase de tudo que encontrar à sua frente. A Pica pode ser observada em todas as idades, mas especialmente em mulheres grávidas e em crianças que sofrem de dificuldades no seu desenvolvimento infantil normal.

Em certas partes do mundo, como nos Estados Unidos, antigamente entre a população escrava, e outros segmentos pobres da população, mas também no Brasil, em África (particularmente em regiões de moçambique, na Arábia Saudita (entre mulheres grávidas jovens) e tradicionalmente em certas partes da China, o consumo de solo faz parte de costumes e tradições para satisfazer certas deficiências físicas (como por exemplo em casos de anemia grave).

Noutras palavras, nesses casos trata-se de uma forma de restauração da saúde de indivíduos membros da sociedade em certos períodos específicos das suas vidas. Nesses casos o consenso parece indicar que não se trata especificamente de transtorno de pica.

Medicamentos e vitaminas podem reverter a pica, mas em muitos casos o tratamento exige considerações psicológicas, ambientais, etc. Em alguns casos uma leve terapia de aversão tem servido para modificar o quadro de pacientes que sofrem dessa condição.

Exemplos de pica:
Acufagia - ingerir objetos pontiagudos
Amilofagia - comer amido (milho ou mandioca)
Cautopireiofagia - ingerir palitos de fósforo apagados
Coniofagia - comer pó
Coprofagia - comer excremento
Emetofagia - comer vómito
Geomelofagia - comer (frequentemente) batatas cruas
Geofagia - ingerir terra ou solo
Ctonofagia - ingerir terra ou argila
Hematofagia - comer sangue
Hialofagia -ingerir vidro
Lithofagia - comer pedras
Mucofagia - ingerir muco
Pagofagia - comer (patologicamente) gelo
Auto-canibalismo - comer partes do corpo (raridade)
Trichofagia - comer cabelo ou lã (fios ou tecido)
Urofagia - ingerir urina
Xilofagia - comer madeira


       

Rapariga da Mongólia a ingerir terra. Afirma tê-lo feito durante dois meses para entrar no Guiness, no entanto diz também que sempre o fez e que realmente gosta de o fazer.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

SÍNDROME DE RETT



A Síndrome de Rett é uma doença neurológica provocada por uma mutação genética que atinge, na maioria dos casos, crianças do sexo feminino. Caracteriza-se pela perda progressiva de funções neurológicas e motoras após meses de desenvolvimento aparentemente normal - em geral, até os 18 meses de vida. Após esse período, as habilidades de fala, capacidade de andar e o controle do uso das mãos começam a regredir, sendo substituídos por movimentos estereotipados, involuntários ou repetitivos. Palavras aprendidas também são esquecidas, levando a uma crescente interrupção do contato social. A comunicação para essas meninas gradativamente se dá apenas pelo olhar.
É comum que a criança com Síndrome de Rett fique "molinha" e apresente desaceleração do crescimento. Distúrbios respiratórios e do sono também são comuns, especialmente entre os 2 e os 4 anos de idade. A partir dos 10 anos, o aparecimento de escolioses e de rigidez muscular fazem com que muitas crianças percam totalmente a mobilidade. Isso, associado a quadros mais ou menos graves de deficiência intelectual.
A Síndrome de Rett é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) e uma das principais causas de deficiência múltipla em meninas.


Como lidar com essas crianças na escola?
É preciso criar estratégias para que as meninas com Síndrome de Rett possam aprender. O principal é estabelecer sistemas de comunicação que ajudem a criança - como placas com desenhos e palavras, para que ela possa indicar o que deseja.
A escola deve ser um espaço acessível, já que muitas crianças com essa síndrome necessitam de equipamentos para caminhar.
Respeite o tempo de aprendizagem de cada criança e conte com a ajuda do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Faça ajustes nas atividades sempre que necessário e procure apresentar os conteúdos de maneira bem visual, para facilitar a compreensão.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

SÍNDROME DE WEST




A Síndrome de West é um tipo raro de epilepsia, chamada de "epilepsia mioclónica". As convulsões que a doença apresenta são chamadas de mioclonias e podem ser de flexão ou de extensão, e afetam geralmente crianças com menos de um ano de idade. São como se, de repente, a criança se assustasse e quisesse agarrar uma bola sobre o seu corpo.
         Os espasmos são diferentes para cada criança. Podem ser tão leves no início que não são notados ou pode-se pensar que originam-se de cólicas. Cada espasmo começa repentinamente e dura menos de alguns segundos. Tipicamente, os braços se distendem e a cabeça pode pender para a frente e os olhos fixam-se em um ponto acima (Tic de SAALAM).
         No início, a criança pode experimentar somente um ou dois espasmos por vez, mas, no decorrer de um período de dias ou semanas, estes evoluem para dúzias de espasmos que ocorrem em intervalos de poucos segundos. As convulsões são de difícil controle, e a criança pode chegar a ter mais de 100 convulsões por dia.
         Cada espasmo é uma crise epiléptica (ataque epiléptico) composta de uma série de movimentos descontrolados, causados por um excesso de atividade elétrica no cérebro.
         Estes ataques foram primeiramente descritos pelo Dr. West (1841) em relação ao seu próprio filho. A Síndrome de West é multifatorial e certos casos pode ter sucetibilidade poligênica ou pode ser completamente ambiental. Algumas crianças podem chorar e/ou gritar antes ou após as convulsões e mostram-se geralmente muito irritadas. O período mais crítico para as convulsões são a hora de dormir ou de acordar, onde a Síndrome apresenta toda a sua face mais cruel.
         Um eletroencefalograma - EEG pode registrar esta atividade de forma segura e indolor. Um EEG em um bebê com espasmos infantis não apresentam os ritmos brandos e regulares que usualmente se apresenta nessa idade. Ao contrário, ocorrem súbitas eclosões de atividades elétricas, algumas de alto potencial e o registro do EEG aparenta estar caótico. Muitas dessas alterações elétricas tornam-se mais marcantes à medida em que a criança adormece. Este padrão é chamado de "Hypsarritmia" (hypsos=altura e rhytmos=ritmo). É um atraso psicomotor, que pode variar do leve ao severo, dependendo da evolução do caso.

         Informamos que, os espasmos infantis causados pela síndrome não possuem uma causa única. Eles surgem como resultado de muitas e diferentes condições. Algumas vezes ocorrem em bebês com desenvolvimento abaixo da média e em relação aos quais já se sabe que são possuidores de condições neurológicas que afetam o desenvolvimento do cérebro.
          Tais condições podem ter seu início antes do nascimento, por volta do tempo que antecede o nascimento ou como resultado de doença nos primeiros meses de vida. Alguns poucos exemplos são:

Lisencefalia: Um padrão anormal de desenvolvimento do cérebro começando nos primeiros estágios da gestação.

Encefalopatia neonatal: Quando os bebês mostram-se muito doentes imediatamente após o nascimento, como resultado de um insuficiente volume de sangue fornecido ao cérebro durante a gestação ou durante o nascimento.

Meningite: Nas primeiras fases de vida.
         Em outras crianças, nenhum problema neurológico será notado até que os espasmos infantis comecem a se manifestar. Testes diagnosticarão condições neurológicas em algumas destas crianças, entretanto, em outras nenhuma causa será detectada, mesmo após os mais variados testes e exames. Nas investigações a tomografia computadorizada - TCC tem detectado patologias em 75 a 90% dos casos de Síndrome de West, entretanto, a ressonância nuclear magnética - RNM tem se mostrado mais sensitiva que a tomografia computadorizada em detectar lesões em pacientes com crises parciais.

Por ocasião da definição do diagnóstico da SW e sua etiologia, esta pode ser classificada em três categorias:

SINTOMÁTICOS: são aqueles casos com causa bem definica (hipóxia neonatal, por exemplo).
CRIPTOGÊNICOS: são aqueles com forte suspeitas de causa orgânica, identificados por anormalidades ao exame neurológico, sem êxito em se obter uma etiologia.
IDIOPÁTICOS: são os casos em que não se define uma doença de base, estando o desenvolvimento psicomotor algumas vezes normal. Alguns autores consideram casos idiopáticos e criptogênicos como uma mesma categoria.

         As Epilepsias são distúrbios intermitentes das funções do cérebro, frequentemente associados a distúrbios da consciência. O termo é plural pois abrange um enorme grupo de transtornos neurológicos e psiquiátricos. O tipo mais conhecido é o chamado de "Grande Mal", caracterizado por episódios recorrentes de convulsões generalizadas, nas quais o corpo todo estremece numa série de curtos espasmos. Os chamados "ataques" epiléticos variam desde os espasmos, mioclonias, ausências, convulsões febris na infância até os acessos psicomotores em adultos. Atualmente se classificam as convulsões epiléticas em dois grandes grupos: Parciais e Generalizadas.
         Sabemos também que, as epilepsias são mudanças bruscas e repentinas no funcionamento bio-elétrico do cérebro e normalmente comparadas a um "curto circuito" momentâneo que afetam as células nervosas (neurônios), fazendo parte de uma disfunção do Sistema Nervoso Central - SNC. Nos "ataques" ou crises epiléticas podem ocorrer perda de consciência momentânea, acompanhada de distúrbios, tais como: abalos musculares, movimentos bruscos, perda do equilíbrio corporal, alterações dos movimentos e das ações de uma pessoa. Posteriormente, há uma pausa, um repouso devido a exaustão das células nervosas, seguindo um período de confusão mental e/ou sonolência.

AS EPILEPSIAS, ASSIM COMO AS SÍNDROMES RARAS NÃO SÃO CONTAGIOSAS.

         Podem estar associadas a quadros de natureza genética, sendo que 70% dos casos são de causas desconhecidas (sem etiologias). Fatores que podem levar a um quadro epilético:
Traumas na cabeça (acidentes automobilísticos, prática de esporte violento, etc.).
Doenças neurológicas crônicas, meningites, encefalites virais ou AIDS.
Lesões ocorridas no período gestacional, pré, peri ou mesmo pós-natal, que possam afetar o desenvolvimento do cérebro do feto durante a gravidez.
         Em casos extremamente graves (quadros epiléticos parciais complexos) existe a possibilidade de uma intervenção neurocirúrgica. Por ser um tratamento invasivo é necessário uma rigorosa avaliação dos riscos e dos benefícios, pois nem todas as crianças estão aptas a uma cirurgia deste tipo.
         Atualmente, existem experiências sobre a utilização de Marcapassos Cerebrais que ajudam na organização bio-elétrica do Sistema Nervoso Central - SNC.

Tratamento Clínico

          Há uma grande melhora dos espasmos infantis com uso intensivo do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) em suas apresentações injetáveis como: ACTHAR (Corticotrophin) ou a sua forma de H.P.ACTHAR Gel (Repository Corticotrophin injection).
          Dizemos que este tratamento pode ser heróico e interromper o quadro convulsivo, porém só deve ser utilizado sob rigoroso controle médico e monitoramento cardiopediatrico, já que os corticóides não agem apenas no SNC, mas todo o organismo da criança, inclusive em seu sistema imunológico. Segundo os alguns autores somente se utiliza esta medicação em casos de Síndrome de West considerados criptogênicos, e não em espasmos infantis resultantes de lesões cerebrais, por exemplo. Há casos em que a resposta terapêutica pode aparecer em até 48 ou 72 horas após aplicação de uma primeira dose do ACTH, podendo haver uma possibilidade de recidiva de crises nos casos considerados mais graves na dependência da precocidade do diagnóstico e da extensão e gravidade da lesão cerebral associada.
          Outros anticonvulsivantes têm sido utilizados, isoladamente ou em combinação nos casos de espasmo infantis, como o Clonazepam, o Ácido Valpróico, o Fenobarbital e o Vigabatrin.

Tratamento Fisioterápico

          Em todo paciente com Síndrome de West precisa-se trabalhar primeiramente extensão de cabeça e de tronco, para que depois, então a criança seja estimulada a começar a rolar, arrastar, engatinhar, sentar. Não podemos querer que ela engatinhe, sem que ela consiga fazer extensão cervical. O tratamento deve ser feito seguindo as etapas de evolução, de maturação da criança.
          Os exercícios fisioterápicos devem obedecer as escalas de maturação. Tendo isso em mente, o fisioterapeuta pode inovar e criar novas maneiras de serem realizados de duas formas:
          Utilizando a bola coloca-se a criança em DV apoiado com cotovelo em cima da bola, e chama-se a atenção da mesma com um objeto a sua frente.
          Deitado no chão, também com um brinquedo à frente.
          É importante saber que o tratamento da síndrome de west é igual ao tratamento proposto a criança portadora de paralisia cerebral.
        O tratamento fisioterapêutico tem como objetivo principal tratar as seqüelas ou tentar diminuí-las o máximo possível. Como as complicações respiratórias existentes, deve-se fazer fisioterapia respiratória.
          Outro objetivo é tentar-se evitar as deformidades que surgem ou amenizá-las, fazendo-se mobilização passiva e alongamentos. Devido a hipotonia é preciso que se fortaleça os músculos responsáveis pela respiração.

Hidroterapia

          Durante a terapia em piscina, o calor da água ajuda a aliviar a espasticidade, mesmo que o alívio seja temporário. Entretanto, a medida que a espasticidade diminui, movimentos passivos podem ser administrados em maior amplitude com menor desconforto para o paciente. Deste modo a amplitude articular pode ser mantida.
          Os movimentos passivos devem ser efetuados lentamente e ritmicamente , começando com o tronco e articulações proximais, gradualmente incluindo as articulações distais. Os movimentos devem a princípio ser de natureza oscilatória e a seguir de natureza rotatória. O tronco e os membros devem ser movidos em padrões de movimento com inibição reflexa. O paciente deve respirar profundamente e calmamente, e o momento do estendimento máximo deve coincidir com a expiração. A principal dificuldade em obter uma fixação estável para ambos os pacientes e o terapeuta. Em alguns casos pode ser necessário um segundo fisioterapeuta para ajudar.

Tratamento com o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico)

         Existe uma grande melhora com o uso intensivo do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) no modo injetável como ACTHAR (Corticrotrophin) - de difícil obtenção no Brasil e na América Latina. Esse pode ser um bom tratamento se levado com firmeza a rigorosidade do controle médico com monitoramento cardiopediátrico de rigorosa eficiência, pois sabemos que os corticóides agem, não somente no Sistema Nervoso Central, mas também em todo o organismo e principalmente no sistema imunológico da criança.
         É Importante salientar que esta medicação é somente administrada em casos de Síndrome de West considerados CRIPTOGENÉTICOS e não em casos de espasmos infantis originados de lesões cerebrais.
         “O ACTH na Europa tem o nome de SYNACTHEN ou SYNACTHEN Retard (ampoules), sendo fabricado na FRANÇA. E como advertência e experiência pessoal para os pais informamos que esta medicação deve ser mantida em geladeira, e geralmente causa um acréscimo de pressão intracraniana, com um possível aumento de dor de cabeça, e irritabilidade da criança.   Há ainda que tomar cuidado com a vacinação destas crianças tendo em vista a ação imunossupressora da medicação. Consultem um profissional experiente no seu uso antes de qualquer outra orientação.

Educação especial é prioridade



Os professores estão aprendendo a lidar com crianças com deficiência, aprendendo a linguagem dos sinais.

Para aderir à nova interpretação do sistema de educação especial, que possibilita aos alunos com deficiência cursarem o ensino regular, seis escolas municipais de Pacatuba ampliam as suas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Esses locais servem como pontos de apoio para crianças com algum tipo de deficiência e contam com livros em braille, brinquedos, utensílios escolares e domésticos adaptados e um profissional capacitado para orientar os professores.

Para fortalecer a iniciativa, a Secretaria de Educação do Estado de Ceará (Seduc) promove a Caravana da Inclusão, na qual profissionais da área, como psicopedagogos, visitam as escolas para orientar os professores. A supervisora da caravana, Marta Stela, explica que o objetivo do programa é "elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas".

Profissionais de diversas áreas compõem a equipe que visita as escolas com salas de AEE para que, desta forma, seja realizado um trabalho realmente eficiente. "São professores com especialização e formação em atendimento educacional ou com curso de formação continuada em educação especial inclusiva, bem como especialização em braille, LIBRAS, tecnologia assistiva, superdotação e altas habilidades", aponta Marta.

A Escola de Ensino Fundamental Professora Maria Mirtes Holanda do Vale foi a primeira a abrir as portas para a Caravana da Inclusão, em Pacatuba. Para a diretora, Doris Sampaio, a iniciativa é positiva e mostrou para os professores a importância da inclusão de alunos com deficiência em todas as atividades dentro e fora da sala de aula. "Com os materiais adaptados pelos próprios professores, esses aluno vão descobrir as habilidades que eles têm e não vão mais se sentir excluídos", explica ela.

Ainda segundo Doris, a escola possui 35 alunos com deficiência e aprendeu bastante com a Caravana da Inclusão. "Ficamos maravilhadas com o que uma sala de AEE pode oferecer. Aprendemos como fazer para adaptar um lápis e uma tesoura para que aqueles que possuem deficiência tátil também consigam utilizá-la", relata. "Eles nos ensinaram a agir diante de situações extremas e o que fazer se o aluno tiver convulsões ou até mesmo não quiser participar de alguma atividade", completa.

Pacatuba, por meio da Secretaria Municipal da Educação, tendo à frente Ana Kelly Cavalcante, está em processo de implantação das salas de recursos multifuncionais nas escolas da rede, oferecendo o Atendimento Educacional Especializado. "A caravana agora vai visitar outras escolas", diz Doris.

Outra perspectiva trabalhada pela Secretaria é a da adesão dos pais, que precisam estar preparados para lidar com um filho que precise da educação especial. "Há mães que não deixam o filho ir à escola por medo dele sofrer preconceito. Elas precisam saber que a inclusão é necessária e que a nossa sociedade está mudando", comenta Ana Kelly Cavalcante.

FONTE: Diário do Nordeste - Pacatuba - CE

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O que é a Síndrome de Asperger?


A Síndrome de Asperger é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), resultante de uma desordem genética, e que apresenta muitas semelhanças com relação ao autismo.

Ao contrário do que ocorre no autismo, contudo, crianças com Asperger não apresentam grandes atrasos no desenvolvimento da fala e nem sofrem com comprometimento cognitivo grave. Esses alunos costumam escolher temas de interesse, que podem ser únicos por longos períodos de tempo - quando gostam do tema "dinossauros", por exemplo, falam repetidamente nesse assunto. Habilidades incomuns, como memorização de sequências matemáticas ou de mapas, são bastante presentes em pessoas com essa síndrome.

Na infância, essas crianças apresentam déficits no desenvolvimento motor e podem ter dificuldades para segurar o lápis para escrever. Estruturam seu pensamento de forma bastante concreta e não conseguem interpretar metáforas e ironias - o que interfere no processo de comunicação. Além disso, não sabem como usar os movimentos corporais e os gestos na comunicação não-verbal e se apegam a rituais, tendo dificuldades para realizar atividades que fogem à rotina.

Como lidar com a Síndrome de Asperger na escola?
As recomendações são semelhantes às do autismo. Respeite o tempo de aprendizagem do aluno e estimule a comunicação com os colegas. Converse com ele de maneira clara e objetiva e apresente as atividades visualmente, para evitar ruídos na compreensão do que deve ser feito.

Também é aconselhável explorar os temas de interesse do aluno para abordar novos assuntos, ligados às expectativas de aprendizagem. Se ele tem uma coleção de carrinhos, por exemplo, utilize-a para introduzir o sistema de numeração. Ações que escapam à rotina devem ser comunicadas antecipadamente.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Nel vereador: Doação de terreno para a APAE em pauta

Nel vereador: Doação de terreno para a APAE em pauta: A questão foi novamente levantada durante reunião da Câmara de Itaperuna Divulgação Na noite de quarta-feira (08/02), durante a reunião...

Síndrome de Down na atualidade


Assistimos uma grande evolução do que existe em relação a Síndrome de Down não só no nosso país, mas em todo o mundo. Evoluções na área médica que têm como conseqüência o aumento da expectativa e da qualidade de vida, evoluções na área de estimulação precoce que prepara as crianças para um futuro que ainda não podemos prever, pois há toda uma geração de crianças com Síndrome de Down que vai crescer, tendo recebido numa infância precoce tratamentos inovadores. Temos ainda evoluções na área educacional e também na social. Todo este conjuto vem contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento destes indivíduos que no Brasil, de acordo com as estimativas do IBGE realizadas no censo 2000, são em média 300 mil.

Dentro da psicologia acredito que o advento da ciência cognitiva e da neurociência vem contribuindo para o desenvolvimento de teorias que ajudam os psicólogos a pensar as particularidades e especificidades da cognição da pessoa com Síndrome de Down que até poucos anos atrás era considerado um indivíduo apenas “treinável”. Sabemos atualmente que isso era um mito e que o campo se configurava desta maneira muito em função da falta de pesquisas que pudessem contribuir para este entendimento, e também a segregação social sofrida pelas pessoas com a síndrome, que inibia o desenvolvimento das suas habilidades cognitivas, emocionais e sociais.

Na área de terapia de família os estudos também avançaram e a teorias que emergiram a partir da terapias das relações pais-bebê também estão nos dando novas possibilidades de atuar. O estudos das “competências dos bebês” humanos desde muito cedo vem trazendo novos horizontes para a área e mostrando a importância deste tipo de intervenção em famílias de crianças com riscos de atraso no desenvolvimento, que inclui a Síndrome de Down.

Por Fernanda Travassos-Rodriguez

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

VOLTA AS AULAS 2012!

REUNIÃO DE FUNCIONÁRIOS COM O PRESIDENTE DA APAE (RUBENS DE CARVALHO)
01/02/2012







RECICLAGEM - PALESTRA COM DR. CARLOS MAGALHÃES
02/02/2012





RECICLAGEM - PALESTRA COM A FONOAUDIÓLOGA CLÉCIA CRISTINA 
03/02/2012







VISITA DO ILUSTRÍSSIMO PREFEITO EM NOSSA INSTITUIÇÃO!

Visita do Ilustríssimo Prefeito de Itaperuna "Paulada", em nossa Instituição, no dia 30/01/2012.

 Presidente da APAE de Itaperuna (Rubens), Prefeito (Paulada) e nossa Diretora Executiva (Maria Eli).




quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

EDITAL DE CONVOCAÇÃO 29/02/2012


Edital de Convocação

Tendo em vista o disposto na letra “e” do Art. 18 do Estatuto, ficam os Senhores Associados desta Instituição, convocados para se reunirem em ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA, em sua sede à Rua Rui Barbosa, 131/147, nesta cidade, em primeira convocação no dia 29/02/2012 às 18:00 horas com a maioria dos ASSOCIADOS, e em segunda convocação às 18:30 horas do mesmo dia com qualquer número de ASSOCIADOS, a fim de tratar dos seguintes assuntos:

a)    Aprovação do Balanço Patrimonial e Demonstrações Contábeis do exercício de 2011;
b)    Aprovação do Relatório de Atividades do exercício de 2011;
c)   Outros.

 Itaperuna, 27 de janeiro de 2012.
  
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Itaperuna.

Rubens de Carvalho
Presidente


PUBLICADO NO JORNAL O DIÁRIO DO NOROESTE



AGRADECIMENTO